Pesquisadores desenvolvem uma insulina oral para o tratamento de diabetes

A nova versão se mostrou mais prática e deve gerar menos efeitos colaterais, como a hipoglicemia, do que a versão injetável, usada hoje em dia - Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil

Saúde
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Pesquisadores da Universidade de Sydney, Austrália, estão desenvolvendo uma insulina oral, potencialmente revolucionária para o tratamento do diabetes. Testada em animais, incluindo ratos, camundongos e babuínos, a nova formulação apresentou resultados promissores, direcionando a expectativa para ensaios clínicos em humanos a partir do próximo ano.

A insulina oral poderia superar a versão injetável, pois entrega o hormônio diretamente no fígado, onde pode ser absorvido eficientemente, revelam especialistas. Essa inovação é especialmente relevante no contexto do diabetes, uma doença crônica afetando 10,2% da população brasileira, conforme dados do Vigitel Brasil 2023.

Até então, a insulina oral era inviável devido à sua digestão no estômago. No entanto, pesquisadores desenvolveram nanopartículas que resistem à degradação, permitindo sua absorção adequada. Em contraste com as injeções, que frequentemente resultam em hipoglicemia devido à liberação inadequada de insulina, a administração oral oferece um controle mais preciso e reduz o risco desse efeito colateral.

Além disso, a insulina oral promete melhorar a adesão ao tratamento, eliminando a necessidade de injeções e reduzindo o receio de hipoglicemia em situações cotidianas. Embora ainda haja um caminho a percorrer para sua disponibilidade generalizada, essa inovação pode representar um avanço significativo no manejo do diabetes.