‘Temo por uma guerra mundial’, declara Celso Amorim O assessor-chefe da Presidência, Celso Amorim

. - Foto: Reprodução.

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O assessor internacional da presidência, Celso Amorim, manifestou no último domingo (22) uma profunda preocupação com a possibilidade de um conflito mundial iminente, após o recente ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. Em uma entrevista ao jornal Wall, Amorim expressou seu temor de que essa ação americana possa ser o estopim para uma guerra global. Ele destacou que, em sua vasta experiência diplomática, nunca havia presenciado uma situação internacional tão tensa. Amorim alertou que, ao invés de dissuadir, os ataques podem ter o efeito contrário, incentivando o Irã a buscar armas nucleares como forma de defesa.
“Estamos vivendo um momento perigoso pelas partes envolvidas e perigoso para o mundo, porque há duas guerras com potencial de se alastrarem. Se essas duas guerras se comunicarem, teremos praticamente uma guerra mundial. Não digo uma guerra total, mas uma guerra com grande irradiação negativa, com reflexos na economia, no preço do petróleo”, declarou o assessor-chefe da Presidência, Celso Amorim.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil rapidamente condenou o ataque dos Estados Unidos, classificando-o como uma violação flagrante da soberania iraniana e do direito internacional. O Itamaraty enfatizou a importância de se recorrer à diplomacia e à moderação para evitar uma escalada ainda maior do conflito. Essa posição reflete a preocupação do Brasil com a manutenção da paz e da estabilidade internacional, destacando a necessidade de soluções pacíficas e negociadas para as tensões globais.
“Agora, em todo o Oriente Médio, vemos manifestações nos países islâmicos. E quando essa conotação religiosa desperta, é difícil conter. Tenho 83 anos, 63 deles ligados à diplomacia, e nunca vivi um momento tão perigoso. Mesmo na crise dos mísseis de Cuba, havia duas pessoas podendo se comunicar. A URSS tentou um lance atrevido, mas voltou atrás. Agora são muitos atores e muito incontroláveis”, afirmou Amorim